É uma suíte de aplicativos livres, i. e., que
podem ser manipuladas à vontade, sem que o usuário incorra em nenhum tipo de
ilícito, como acontece com os programas proprietários. Se sua empresa não gosta
de um certo recurso presente no Writer, pode alterá-lo, sem qualquer problema.
Basta ter alguém na empresa com habilidade para trabalhar com programação e
você altera o que quiser; não esquecendo compartilhar as alterações, como reza
o manual de boas maneiras do SL.
Não
pense jamais em fazer o mesmo com um aplicativo da Microsoft, como o MS Word,
por exemplo. Ela, a suíte livre, contém, a exemplo das suítes mais conhecidas
no dia-a-dia da microinformática, Processador de Textos (Writer), Planilha
Eletrônica (Calc), Programa de Apresentação (Impress), SGBD (Sistema
Gerenciador de Base de Dados), o Base, de interface similar ao MS Access (a bem
da verdade, sem a intuitividade daquele e com menos assistentes), Editor
Gráfico (Draw); excelente. Trabalha com formas gráficas primitivas e manipula
formatos complexos, como o SVG, Editor de Arquivos da Internet, dentre outros
recursos. Existe um aplicativo chamado Math que é utilizado para gerar equações
e fórmulas matemáticas, como o Equation da Microsoft. O Math é tido como muito
mais intuitivo que o Equation e sua Barra de Comandos contém muitos atalhos
para equações e elementos algébricos. Com ele é fácil elaborar equações com
apresentação impecável para qualquer aplicativo do LibreOffice.org.
No Brasil, por motivos ligados a registro de
marca, o software passou a se chamar BrOffice.org, sem que isto represente um
“Fork” ou seja, não é uma derivação da suíte internacional (OpenOffice.org).
Muito pelo contrário. O intercâmbio entre os colaboradores brasileiros e de
outros países é intenso e a sincronia entre as mudanças aqui e algures é fato.
Referir-nos-emos ao LibreOffice.org para reportar os seus recursos; mas, se
você utiliza qualquer outra suíte de escritório com o padrão ODT, como o
OpenOffice.org, todos os recursos são válidos para este também, salvo menção em
contrário. Não citaremos o BrOffice.org, pois dado o advento do LibreOffice.org
como Fork do OpenOffice.org, o pacote com nome brasileiro se fundiu à marca
LibreOffice.org.
O LibreOffice.org é um Padrão
Aberto
Ser um
padrão aberto significa que qualquer um pode implementar uma solução baseada neste
padrão. Se você quiser implementar uma suíte de escritório compatível com o LibreOffice.org,
nada o impede, mesmo que, a rigor, seja bem mais fácil e produtivo contribuir
com o código-fonte do LibreOffice.org. A tendência de se buscarem soluções baseadas
em padrões é irreversível e o fato de ser um padrão aberto garante a
independência de quem o implementa e de quem o adota.
‘(...)“Um texto formatado no MS Word segue um
padrão”. De fato. Mas aí entra a segunda parte: padrão aberto X padrão proprietário . Um
padrão aberto é um conjunto de diretivas ou características que garantem a
manipulação do código, a sua auditabilidade , o entendimento de como funciona o
software, retirando deste a sua dimensão de “caixa preta”. A implicação disto
tudo é exponencial: eu posso, como usuário do programa de computador, passar de
mero usuário passivo para sujeito da ação, pois eu posso entender os bastidores
do funcionamento do programa, já que este é aberto, livre, e eu posso estudá-lo
e eventualmente processar mudanças em seu funcionamento e ainda serei encorajado
a propagar estas mudanças a toda a comunidade de SL.’
Podemos citar, como requisitos para um software
poder ser considerado aberto, várias características, dentre elas:
Disponibilidade; Permitir a escolha do usuário; Inexistência de “royalties”;
Impedir discriminação; Extensível; Protegido; Suportado em nome do interesse
coletivo; Ausência de custo.
LibreOffice.org usa o formato ODF em seus aquivos
O formato ODF se subdivide em vários
subformatos (leiam-se extensões), para efeito de identificação dos aplicativos
/ arquivos. Estamos aqui pressupondo que o arquivo tenha uma extensão formada
por três (3) letras, o que não impede que haja arquivos com extensões com mais
ou menos letras. Por definição, tudo que vier após o último ponto (.) no nome
do arquivo passa a figurar como extensão deste. No Windows, a extensão é vital
para a manipulação do arquivo. Se você estiver utilizando o Linux como Sistema
Operacional, a extensão do arquivo se torna menos relevante, pois este S. O.
utiliza o cabeçalho dos arquivos para descobrir o seu formato, e não a sua
extensão. As extensões de arquivos mais comuns, usadas pelos documentos do
OpenDocument são:
.odt para Processadores De Texto (text)
.ods para Planilhas Eletrônicas (spreadsheets)
.odp para Apresentações em Slides (presentations)
.odg para Editor de imagens (graphics)
.odf para Equações Matemáticas (formulae)
.odm para Documentos-Mestre (master)
O LibreOffice.org exporta para PDF
Portable Document Format (ou PDF) é um
formato de arquivo desenvolvido pela Adobe
Systems para representar documentos de maneira independente do
aplicativo, do hardware e do Sistema Operacional utilizados na sua criação. PDF
pode ser traduzido em português como Formato de Documento Portátil. As gráficas
digitais o utilizam como arte final, dada a fidelidade do material produzido. O
PDF é um padrão aberto, e qualquer pessoa pode escrever aplicativos que leiam
ou escrevam PDFs. Até agora, utilizou-se o PDF como uma maneira de proteger o
documento contra edição, pois, até a versão atual do LibreOffice.org (2.3xx),
os documentos gerados em PDF não são editáveis. O LibreOffice.org 3.xx promete,
ao lado de várias melhorias, editabilidade do formato PDF. Não há qualquer
problema, pois os arquivos neste formato têm, de há muito, possibilidade de se
colocar uma senha no arquivo final, para proteger assim o seu conteúdo, se é o
desejado.
Ao exportar para o formato PDF tem-se a
certeza de que o destinatário terá como ler e imprimir o documento, dada a
universalização do uso do formato da Adobe.
Você pode utilizar o ícone default (imagem
acima) do exportador para PDF, que se encontra na barra de ferramentas Padrão,
ou, se desejar personalizar a saída do arquivo PDF, controlando a resolução,
qual folha inicial a ser mostrada, se se vai utilizar uma senha para o arquivo
ou não, etc., apontar para o menu Arquivo... Exportar como PDF.